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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Os Tempos Litúrgicos

Ano Litúrgico

O Ano litúrgico é o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram como memorial, os mistérios de Cristo, assim como a memória dos Santos. O Tau Francisco explica a seus visitantes dois importantes componentes do Ano Litúrgico: Tempo e as Cores.

Tempo Litúrgico

Os tempos litúrgicos são as divisões existentes no Ano Litúrgico da Igreja Católica. Estes tempos existem em toda a Igreja Católica, apenas há algumas diferenças entre os vários ritos. Os tempos constantes abaixo são referentes ao rito romano.

Tempo do Advento

O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de purificação de vida. O tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de Dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de Cristo. É um tempo de festa, mas de alegria moderada.

Tempo do Natal

Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparisão divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.

Tempo da Quaresma

O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã de Quinta-feira Santa.

Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”.
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.
Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.

Tempo Pascal

A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

Tempo Comum

Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.


Cores Litúrgicas

Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o tabernáculo, o ambão, e até mesmo a estola e a casula usadas pelo sacerdote, combinam todos com uma mesma cor. Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode permanecer a mesma ou variar. Se acontecer de no mesmo dia irmos a duas igrejas diferentes, comprovaremos que ambas usam a mesma cor, com exceção, é claro, da igreja que celebra o seu padroeiro. Na verdade, a cor usada um certo dia é válida para a Igreja em todo o mundo, que obedece a um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo calendário, fica estabelecida uma determinada cor.
Estas diferentes cores possuem algum significado para a Igreja: elas visam manifestar externamente o caráter dos Mistérios celebrados e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano Litúrgico. Manifesta também, de maneira admirável, a unidade da Igreja. No início havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores litúrgicas. Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, devido ao seu alto valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro aderiram a esse costume, que tomou assim, caráter universal. As cores litúrgicas são seis, como veremos a seguir.

Branco

O branco é usado nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor, bem como nas suas festas e memórias, exceto as da Paixão; nas festas e memórias da Bem-av. Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires, na festa de Todos os Santos (1 de Novembro), na Natividade de São João Baptista (24 de Junho), na feta de São João Evangelista (27 de Dezembro), da Cátedra de São Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de São Paulo (25 de Janeiro). O branco é símbolo da luz, tipificando a inocência e a pureza, a alegria e a glória.

Vermelho

O vermelho é usado no Domingo de ramos e na Sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Evangelistas (com exceção de São João), e nas celebrações dos Santos Mártires. Simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado por Cristo e pelos mártires, além de indicar a caridade inflamante.

Verde

O verde se usa nos Ofícios e Missas do Tempo Comum. Simboliza a cor das plantas e árvores, prenunciando a esperança da vida eterna.

Roxo

O roxo é usado no tempo do Advento e da Quaresma. Pode também ser usado nos Ofícios e Missas pelos mortos. Significa penitência, aflição e melancolia.

Preto

O preto pode ser usado, onde for o costume, nas Missas pelos mortos. Denota um símbolo de luto, significando a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro. Ao contrário do que pensam muitos clérigos e leigos, a cor preta não foi abolida nem pela IGMR anterior nem pelo atual. Segue sendo uma opção para a missa pelos mortos, onde for costume utilizá-la. No Brasil, contudo, o uso do preto nas celebrações pelos fiéis defuntos foi, na prática, abolido, havendo sido substituído pelo uso do roxo, uso este facultado pela própria IGMR. Isto não constitui óbice, contudo, para que um clérigo venha a utilizar paramentos negros.

Rosa

O rosa pode ser usado nos domingos Gaudete (III do Advento) e Lætare (IV da Quaresma), ocasiões em que também poderá ser utlizado o roxo.

 Fonte: Taufrancisco.com

A MÚSICA NA MISSA - MOMENTOS DA LITURGIA

Olá, amigo(a), músico de Deus. 

Aprenderemos, a partir de agora, sobre um dos momentos mais importantes da liturgia: a música nas missas e celebrações. 
 "A liturgia, como exercício da função sacerdotal de Cristo, comporta um duplo movimento: de Deus aos homens, para operar a sua santificação, e dos homens a Deus, para que eles possam adorá-lo em espírito e verdade." (Instrução sobre formação litúrgica nos seminários, p.49). Por isso a liturgia, de um modo geral, pode ser entendida como um diálogo entre o Deus-Trindade e o Homem-Comunidade. 

Este diálogo é composto de vários momentos. Cada momento tem o seu "espírito" próprio, seu sentimento peculiar, e portanto, uma expressão diferenciada. Ninguém pede perdão de forma triunfal, nem dá um "viva" tímido. Cada momento da liturgia exige um tipo de expressão musical. Sem conhecer o espírito de cada momento do diálogo litúrgico, corremos o risco de dar um "viva" tão tímido que ninguém se sinta estimulado a responder. 

Para melhor conhecer as diversas expressões e celebrações litúrgicas, deveríamos estudá-las com atenção e objetividade. Neste espaço, estudaremos aquela que é o ápice da vida cristã: a Celebração Eucarística. Cada música da Celebração Eucarística tem seu papel e Inspiração própria de cada momento litúrgico dentro da celebração. 

 I - RITOS INICIAIS 

Preparação

É um momento que foi esquecido durante algum tempo e agora está voltando ao uso. Enquanto alguns "acolhem" os irmãos que estão chegando para a festa da Eucaristia, o ministro de música pode preencher o ambiente com um solo instrumental. Alguns, neste momento, costumam ensaiar as canções que farão parte da celebração. Pode-se também colocar um CD de meditação, ou das músicas que se irá ensaiar. O importante é criar um ambiente de vida, pois é Cristo, Verdade e Vida, que iremos celebrar. 

Entrada 

Toda a assembleia, unida em uma só voz, canta a alegria festiva de reunir-se como irmãos em torno do Cristo. Esta canção deve deixar claro para toda a assembleia, que festa, ou mistério do Tempo Litúrgico (A segunda "perna" do tripé litúrgico") iremos celebrar. Todo o povo deverá ser envolvido na execução desta canção. A primeira impressão sempre marca todo o relacionamento. Assim também o canto inicial marcará toda a celebração. Os instrumentos terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto. Não deverão cobrir as vozes dificultando a compreensão do texto. Ninguém participa de uma celebração para ser admirado, ou para aumentar seu ibope na comunidade. "Tocar na Missa" é um serviço e uma oração. Todo este canto como a procissão do sacerdote não deverão ser demasiado longas. O canto deve terminar quando o sacerdote chega ao altar. 

Ato Penitencial 

Neste canto aclamamos a Cristo como "Nosso Senhor" e lhe pedimos perdão. É um canto de repouso. Sua melodia deve traduzir a contrição de quem pede perdão. Todo o povo deve participar deste canto, mas admite-se um diálogo solista-povo. Não é necessário que este canto seja muito "florido". A simplicidade é a melhor forma de expressar o arrependimento. O instrumentista deve traduzir este espírito de confiança e invocação acompanhado de modo suave, quase imperceptível. Para isto pode-se até excluir a percussão deste momento. 

Glória 

Esta é a canção da alegria, o canto que os anjos e pastores cantaram para saudar o nascimento do redentor (cf. Lc 2,14). Desde o século IV que os cristãos cantam. Houve uma época que só os bispos o podiam cantar. Hoje recomenda-se que toda assembléia cante o "glória" com ânimo e alegria. Para isso é útil bater palmas, erguer os braços, repicar os sinos expressando Glória a Deus nas Alturas... É importante não esquecer duas coisas: que o canto e suas expressões devem seguir a realidade da assembléia e que continuamos com os pés no chão, e que o nascimento de Cristo, hoje, depende de nossa boa vontade. Este canto é excluído no advento e na quaresma, nos outros tempos deve ser executado e de preferência "cantado". Não é bom que seja parte exclusiva do coral. Este poderá cantá-lo em diálogo com o povo. O glória deve ser, antes de tudo, uma manifestação do louvor a Deus-Pai e ao Cordeiro. Os instrumentos têm papel importantíssimo neste canto. A percussão poderá ser bem explorada. É claro que a parte não deverá sobressair em detrimento do todo, mas neste canto os instrumentos poderão destacar-se um pouco mais. 

II - LITURGIA DA PALAVRA

Salmo Responsorial

Dentro do diálogo litúrgico, este canto é a resposta da assembléia ao Deus que falou na primeira leitura. Como diz o próprio nome, trata-se de um salmo, no entanto admite-se também um canto de meditação, contanto que seja de origem bíblica e signifique uma resposta coerente com a proposta divina expressa na primeira leitura. Este canto não deveria ser nunca excluído pois é de grande importância à liturgia da palavra.
Pode ser executado por um solista nas estrofes com a adesão de toda a assembléia no refrão. O acompanhamento dos instrumentos deve ser discreto, exceto quando o salmo for festivo e acompanhado por todo o povo.

Aclamação ao Evangelho

Geralmente (menos no advento e na quaresma) a aclamação mais usada é o Aleluia, seguido de uma pequena estrofe que prepara a leitura do Evangelho. Não é um canto obrigatório, mas sendo executado, é preciso que seja uma aclamação pessoal e comunitária ao Verbo de Deus . Ao contrário do Salmo, este canto permite movimento e participação vibrante dos instrumentos. Poderá haver solista, mas o Aleluia deverá ser cantado por toda a assembléia.
Depois da Homilia
Em missas com crianças, ou em outras celebrações onde a reflexão silenciosa seja difícil, pode ser entoado um cântico, no estilo do Salmo Responsorial, que venha a trazer uma manifestação em sintonia com o tema do evangelho.

Profissão de Fé

O Creio é uma resposta de fé e de compromisso da comunidade e do indivíduo à palavra de Deus. Nele recordamos toda a história da salvação. Por isso não convém a utilização de formas abreviadas que sejam profissão de fé, mas que não resumam a fé cristã. Quando cantada, deve contar com a participação de todo o povo. No entanto pela estrutura rítmica da letra, isso se torna muito difícil. Uma opção seria cantar um refrão popular, entre uma recitação e outra do Creio.

Oração dos Fiéis

"Acima de tudo recomendo que se façam preces, orações e súplicas de ação de graças por todos os homens" (1Tm 2,1)
Esta oração poderá adquirir um tom mais solene quando cantada. As invocações devem ser executadas por um solista, ao que o povo responde cantando. Aqui a participação dos instrumentistas é suavíssima e até dispensável, podendo ser usado apenas o teclado com som de órgão.

III - LITURGIA EUCARÍSTICA

Preparação das Ofertas

Este é um dos cantos menos importantes da missa. Neste momento nos preparamos para oferecer ao Pai, o Cristo "ao qual nos unimos oferecendo nossas vidas, nosso corpo como culto espiritual agradável a Deus" (Rm 12,1). Portanto, o grande ofertório da missa é após a consagração quando já não oferecemos o pão, o vinho, nossa vida, nosso trabalho, mas o próprio Cristo e todo o resto transfigurado "Por Ele, com Ele e n'Ele".
Durante o canto de ofertório normalmente também ocorre a coleta , momento em que colocamos um pouco do que é nosso em comum. Portanto o objetivo do canto "de ofertório" é criar uma atmosfera de alegria, partilha e generosidade. Pode-se dispensar o canto e os instrumentos fazerem um solo apropriado para o momento litúrgico. Ou ainda participar com um canto de oferta que o povo não conheça, desde que este não venha a distrair a atenção do povo.

Oração Eucarística

Tanto o diálogo introdutório, como o prefácio e demais orações podem ser cantados e dependendo da sintonia entre músicos e celebrante, podem ser acompanhadas pelos instrumentos. Desde que o celebrante ache conveniente e sinta-se apto para isso.

Santo

É dos canto principais, se não o principal, da liturgia. Nele toda a assembléia se une aos anjos e santos para proclamar as maravilhas do Deus Uno e Trino. É o primeiro canto em ordem de importância. É o canto dos anjos (Is 6,2s) e também dos homens (Lc 19,38). Não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos e os santos para cantar em uma só voz, e depois somente um coral ou um solista executar o canto. Este é essencialmente um canto do povo. É indispensável a participação dos instrumentos para solenizar esta vibrante saudação: SANTO, SANTO, SANTO!

Aclamações em particular

Há uma série de aclamações durante a celebração eucarística que poderia ser cantadas. A Oração Eucarística V, por exemplo, permite algumas intervenções da assembléia. O mesmo pode afirmar da Oração Eucarística para missas com crianças, ou sobre a Reconciliação. O "Amém" poderia ser cantado muitas vezes, especialmente depois da doxologia (Por Cristo, com Cristo e em Cristo ...) que é o grande amém da missa.. Durante a consagração é melhor o silêncio, nem mesmo solos devem distrair a atenção da assembléia naquele momento. Pode-se cantar sim a aclamação após a consagração (Eis o mistério da fé ...).

Pai-nosso

O Pai-nosso cantado por toda a assembléia tem grande força e significado. É um dos grandes pontos da Missa, exprimindo de modo maravilhoso a comunhão entre os irmãos. Se não for cantado por todos, é preferível que seja recitado. Os instrumentos têm papel de sustentação, evitando distrair a atenção da oração.

Abraço da Paz

É costume cantar uma canção alegre cuja letra lembre fraternidade e caridade como fundamento da vida cristã. Deverá ser uma melodia contagiante. Entretanto não é essencial que a assembléia cante.

Cordeiro de Deus

Esta prece, de origem Bíblica (Jo 1,29), faz alusão ao Cordeiro Pascal, que se imola e tira o pecado do mundo. Pode ser cantado pelo coral ou solista, mas a assembléia deve participar da última petição: dai-nos a paz.

Comunhão

É o canto mais antigo da missa. Por ele, através da união das vozes, queremos expressar nossa comum-união espiritual em torno de Jesus Cristo. Todos ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma igreja, participam do mesmo pão. A função do canto de comunhão é alinhavar esta união.
É comum escutarmos que se deveria fazer silêncio durante a comunhão para que um pudesse se entreter num encontro pessoal com Cristo. Ë certo que a comunhão dos Cristãos é um ato pessoal, mas deve manifestar-se através de um ato comunitário. E o canto de comunhão deve propiciar esta manifestação de comunidade. Por isso todo o povo deve participar entusiasticamente deste canto.

O Silêncio Eucarístico necessário ao encontro e oração pessoal com Cristo se dá no próximo momento.

Ação de Graças

Após a comunhão a assembléia, em silêncio, adora e agradece a presença do Cristo Eucarístico. Após este breve silêncio pode-se cantar um salmo ou outro canto de louvor ou de ação de graças. Este canto não pode e não deve excluir o momento de silêncio após a comunhão.
É preferível que este canto seja breve e executado por todos. Por isso, também para os instrumentos, não convém longas introduções e interlúdios. É preciso que o ministro tenha a devida sensibilidade e discernimento para saber se este canto é conveniente em tal momento. Evite-se o canto de ação de graças quando a celebração já estiver por demais prolongada.

IV - RITOS FINAIS

Canto Final

Antes da benção entoa-se uma ou duas estrofes de um canto alegre e que cause a última impressão que se irá levar da celebração. Pode ser executado com maestria, porém não deve ser muito prolongado. Um costume muito comum, é o de se aproveitar este canto final para fazer uma homenagem a Maria, mãe de Deus e nossa.

Após a benção pode-se continuar as demais estrofes do canto final, sem a necessidade da participação do povo. Utilizem-se todos os recursos disponíveis para que este encerramento crie a predisposição para o povo retornar à Festa Eucarística.

Fonte: Rafael de Angeli - Portal da música católica

domingo, 8 de dezembro de 2013

Pe. Fábio de Melo respondendo dúvida sobre a missa

Os 30 pecados do músico católico

1- Fazer do altar um palco
2- Impor sempre seu gosto pessoal
3- Cantar por cantar
4- "Só toco se for do meu jeito"
5- Ir sempre contra a ideia da equipe de celebração e do padre
6- Escolher sempre as mesmas músicas
7- Nunca sorrir
8- Usar instrumentos desafinados
9- Tocar músicas de novela em casamento
10- Afinar os instrumentos durante a missa
11- Colocar letra religiosa em música da "parada"
12- Nunca estudar liturgia
13- Não prestar atenção na letra do canto
14- Não ler o Evangelho do dia antes de escolher as músicas
15- Cantar forte demais no microfone, ou seja, o seu é sempre o mais alto
16- Volume dos instrumentos (muito) acima do volume dos microfones
17- Coral que canta tudo sozinho
18- Cantar só para exibir-se (estrelismo)
19- Distrair a assembleia com conversas paralelas durante a missa
20- Não avisar ao padre as horas que serão cantadas
21- Nunca ensaiar novas canções nem estudar o instrumento que ministra (voz, violão, teclado...)
22- Ensaiar tudo antes da missa
23- Cantar músicas desconhecidas
24- Usar roupa bem extravagante, que chame a atenção
25- Fazer de conta que está em um show de rock
26- Perder contato com a assembleia
27- Músicas fora da realidade e do tempo litúrgico
28- Fazer o máximo de barulho
29- Não ter vida interior, oração com o Ministério inteiro ou falsa humildade
30- Repetir no fim de cada celebração: "vocês são ótimos, eu sou apenas o máximo!"

Com isso podemos começar a servir a Deus. Um bom líder sabe que varias cabeças pensam melhor que uma!


Padre Joãozinho - scj e Serginho Valle

Dicas para o seu Ministério de Música

O objetivo dessa seção é esclarecer algumas dúvidas sobre a liturgia da nossa Igreja nas Missas, Grupos de Oração e Shows de Evangelização e dar algumas dicas para escolher as músicas de acordo com o tempo litúrgico e momento da missa.. 

Vamos começar respondendo algumas perguntas que às vezes ficam esquecidas em nossos corações:

1- O que é Ministério de Música?

O Ministério de Música é o "batalhão de frente" do exército de Deus. É ele que abre o coração do povo e o coloca em sintonia com Deus. Sendo o batalhão de frente, será sempre o mais tentado e o primeiro a ser atingido pelo inimigo. Por isso precisamos estar sempre preparados, na oração, jejum, confissão, penitência, etc, para não sermos pegos de surpresa.
 
2- Qual a nossa função em um Ministério de Música?
 
Nossa missão é evangelizar através da música. Somos apenas instrumentos de Deus. Devemos aprender que não estamos no Ministério para dar show e muito menos para aparecer ou ser elogiado: estamos lá por vontade de Deus, para servirmos à Ele e quem deve ser glorificado é Deus, não nós. É claro que temos que nos esforçar para fazermos sempre o melhor, para que o nome de Jesus seja levado com maior dedicação e perfeição possível aos corações das pessoas. O que nós nunca devemos fazer é deixar o sucesso subir a cabeça e perder a humildade (Aconselho a leitura de Filip 2,5-11). Por isso não esqueça: quem deve aparecer é Deus e não o Ministério de Música!
 
3- Como devemos nos apresentar para o Ministério de Música?
 
Primeiramente, não devemos usar roupas arrogantes para participarmos não só do Ministério de Música mas de qualquer outro evento que ocorra dentro da Igreja. Saias curtas, blusas e calças justas, decotes, bermudas, etc, não devem ser usados para participarmos da Celebração Eucarística, muito menos quando estamos "na frente" de uma comunidade. Tudo o que fazemos lá na frente está sendo visto pelo povo: a roupa que estamos usando, a forma que estamos cantando, se estamos conversando muito e até se estamos em sintonia ou não com o que estamos cantando. Devemos tomar cuidado, pois devemos ser exemplo para a comunidade, assim como o Padre, os leitores, os acólitos etc, e não ser motivo de comentários do tipo "tá vendo, fulana estava com uma saia justinha lá na frente, então porque eu não posso usar também?" ou "aqueles músicos não pararam de conversar a Missa inteira!" ou ainda "aquele fulano pensa que está fazendo um show". Tudo isso deve ser percebido e alertado pelo coordenador do grupo. Devemos ser obedientes às leis da Igreja.

Eis algumas sugestões que eu estou colocando e que, depois que comecei a seguir, o Ministério de que participo melhorou muito:

- devemos ter pelo menos uma vez por mês um dia apenas para adoração e oração ao Senhor. Sem levar nenhum instrumento musical, irmos apenas agradecer, pedir perdão e adorar o Senhor. É também o momento de nos reconciliarmos dentro do nosso próprio Ministério e "lavarmos a roupa suja".

- devemos estar sempre atualizados com relação à músicas novas, estudo sobre o instrumento que estamos ministrando (voz, violão, baixo, teclado, bateria...).

- nos ensaios, as músicas já deverão estar selecionadas anteriormente para não perder tempo de escolher as músicas na hora do ensaio ou, pior ainda, na hora da missa! 

- se possível, chegarem todos os membros do Ministério antes da Missa ou Grupo de Oração para rezar com tranquilidade antes de começar a tocar.

Fonte: Portal Kairós

Dicas para tocar na Santa Missa



Autor: Silvinho Zabyski
 
1) CONHECER A LITURGIA 

- Você precisa saber bem a respeito do Sacrifício da Santa Missa; conhecer parte por parte dela e os seus santíssimos significados. Por exemplo, na hora do ato penitencial, a canção a ser escolhida deve ser de entronização, que conduza às pessoas a um ato profundo de contrição. Assim, precisa ser fácil para o povo cantar. 

2) ATENTE-SE AO PÚBLICO 

- O som deve estar na altura certa e em comunhão com a quantidade de pessoas dentro da Igreja. Se for uma missa de juventude, você pode trabalhar melhor as canções e, quem sabe, até colocar arranjos mais elaborados. Se for uma missa com pessoas mais idosas, não é natural querer tocar guitarra e bateria estrondorosamente. Tenha discernimento quanto ao som e a acústica da tua paróquia ou local da celebração.

3) CANÇÕES ESPECÍFICAS E BEM ESCOLHIDAS 

- Procure tocar as canções da própria missa. Fique atento ao Tempo em que a Igreja está vivendo e busque os cantos propícios para estes momentos. Por exemplo: Quaresma não é um tempo triste mas é um tempo reflexivo e penitencial; a própria CNBB lança canções específicas de acordo com a CAMPANHA DA FRATERNIDADE do ano. Estas canções precisam ser difundidas com muito carinho. É um tempo em que toda a Igreja do Brasil vive em unidade musical.Atenção: cuidado com o Aleluia durante a quaresma. Não se pode tocá-lo!

4) OBEDEÇA AO SACERDOTE 

- Não brigue com seu padre. Dialogue e obedeça nas horas em que vocês discordarem. É o melhor para o povo que participará da missa, bem como para seu ministério e para você mesmo(a) enquanto ministro de música.

5) PREPARE-SE ANTES 

- Não fique afinando seu instrumento 10 minutos antes da missa começar porque isso irrita qualquer santo. É muito chato chegar em paróquias em que o ministério de música afina violão, bateria, tudo na hora em que o povo está chegando. É uma situação bastante desagradável. As pessoas que chegarem na Igreja, precisam desde o início perceber a Graça de Deus e ir se preparando para toda a missa. E, honestamente, é praticamente imposível que isso aconteça caso a guitarra, baixo, bateria e tudo o mais estejam ser afinados naquele momento. 

6) SILÊNCIO E ATENÇÃO 

- Não fique andando durante a missa nem fique tagarelando, falando sobre notas, cifras, mudanças de tonalidades... tudo isso deve ser combinado antes da missa iniciar. Combine também alguns sinais entre os músicos para que fique mais fácil uma rápida comunicação.

7) ENSAIE! 

- Ensaie para a missa. Não improvise.

8) TENHA ZELO E SELECIONE BEM AS MÚSICAS

- Cuidado com músicas folclóricas ou de cunho popular durante a missa. Tenha zelo. Procure tocar somente canções feitas para a missa. Os domínios populares muitas vezes são bem hereges e de cunho pagão. O Espírito Santo nos músicos é bem criativo; não precisa pegar música de gente famosa pra chamar atenção.

9) ESCOLHA UM TOM QUE DÊ PARA TODOS CANTAREM 

- Toque no tom certo para todos e não só para você. É o povo que deve cantar e participar mais. Peça para Deus o talento de envolver as pessoas na música que você está tocando e cantando.

10) ENSINE E CATIVE O POVO 

- Se for possível, ensine canções novas para o povo. E mais, cative o povo! Os que ali entrarem precisam perceber a presença de Deus também no ministério de música e se sentirem mais próximos do próprio ministérios. Cultive a unidade, a fraternidade entre o ministério e o povo. A assembléia precisa perceber que o ministério não é fechado em si mesmo, mas ali está a serviço de Deus , da Igreja e também, a serviço da própria assembléia.

11) CONDUZA À ORAÇÃO E PREPARAÇÃO 

- Na hora em que as pessoas estiverem chegando, combine com seu padre se vocês podem ficar tocando em som ambiente músicas que conduzam o povo ao silencio e à oração, para que possam se preparar melhor para a Santa Missa..

12) REZE! REZE! REZE! 

 - Reze antes de tocar. Não se ache capaz de tudo... Nós somos provas de que a oração muda o jeito que as pessoas recebem nossas canções. Através da oração, peça ao Senhor que se torne VIDA as músicas tocadas. Você perceberá como as pessoas serão tocadas e chegarão mais próximas de Deus quando perceberem que mais do que apenas vozes e instrumentos, aquelas músicas possuem VIDA e TESTEMUNHO! 

UMA SANTA MISSA PARA VOCÊ

Fonte: Comunidade Beatitudes
 

O que é ser um músico católico?

Por diversas vezes nos deparamos com desafios que a vida nos proporciona e nos propõe a ultrapassar tais como: dificuldades no trabalho, nos estudos, na vida familiar, e nos relacionamentos humanos. Isso é algo inevitável, principalmente, quando se fala em seres humanos que somos, dotados de potencialidades e personalidades distintas. Isto acontece sempre e em qualquer lugar em que nos encontrarmos.
Na caminhada do músico católico, encontraremos desafios, e o primeiro deles é o testemunho. Testemunhar o que se canta é algo difícil, mas ao mesmo tempo apaixonante, pois nos leva a conhecer em profundidade Aquele que é a razão do nosso cantar ou tocar, que nos move a ser sempre MELHORES em tudo que fazemos sem se importar com o que somos e que no dia a dia nos capacita para o serviço à messe.
Ser MELHOR a cada dia é algo que devemos nos atentar rotineiramente e que merece nossa atenção. Para isso, precisamos nos dedicar ao serviço e dar o nosso MELHOR. Comparando com músicos seculares, podemos verificar que os melhores músicos, tecnicamente falando, estão neste mercado e qual é o motivo que os move a serem MELHORES? O dinheiro. E pó que nós, músicos católicos, que temos um tesouro muito mais precioso que nenhum dinheiro nem riqueza deste mundo podem comprar, damos o que nos é conveniente?Então,  vem aquela velha questão: “mas eu trabalho o dia todo e não tenho tempo de estudar nem de me dedicar como eu deveria”, ou “esse é o meu melhor” ou até ainda “isso é relativo”. Quantas vezes nos deparamos com a seguinte situação: chegamos à missa e o som está extremamente alto, o violão está desafinado, a banda não ensaiou como deveria, a cantora ou cantor não sabe a letra da música, ou está cantando em outro tom que não o que a banda está tocando, e diversas outras situações que tenho certeza de que já presenciamos. Precisamos ter mais zelo pelas coisas de DEUS e cuidar para que a Palavra seja propagada de forma eficaz. Não devemos ser formados em alguma faculdade de música para tocarmos na missa ou evangelizar através da música, mas devemos sempre tocar e cantar melhor, dar o nosso melhor, sem nos acomodar. Estudar seu instrumento para oferecer o MELHOR.
Todos devem estar me perguntando e a UNÇÃO? Músico católico com técnica, mas sem unção não vale nada!
Tocar com propriedade e ministrando a música é função do músico católico, e a cada dia deve ser cultivado e regado. Músico católico deve ter vida sacramental como os sacerdotes, religiosos, leigos consagrados e demais membros de pastoral, porque muitas virão as tentações na vida do músico católico., Cabe a nós cuidar e fortalecer nosso espírito para enfrentá-las e ultrapassá-las. As tentações fazem parte da vida do cristão, como Cristo foi tentado nós também não estamos isentos das provações e dificuldades nessa caminhada. Adorar Jesus Sacramentado, jejuar, orar em comunidade e individualmente, e, sobretudo saber obedecer.
Enfim, ser um músico católico requer uma série de predicados que não encontramos nos músicos seculares, mas, acima de tudo, ser um músico católico é  fazer sempre o MELHOR para DEUS, seja no estudo do meu instrumento ou voz, seja na oração diária,   e na vida sacramental. Sem observar esses critérios não seremos sal e luz (Cf. Mt 5, 13-14) como nos pede o Senhor Jesus.

Mikael Veras – Vocal e Baixo – Banda Cânticos 

Fonte: site Banda Cânticos